Essa semana foi realizado, no campus Petrolina do IF Sertão-PE, o III Workshop Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade nos Territórios semi-áridos. Com palestras e oficinas, o evento foi marcado pela participação de servidores, alunos e comunidade em geral. A abertura oficial ocorreu dia 12 (segunda), com apresentação cultural e palestrantes discorrendo sobre a temática ambiental.
Na terça (13), o evento contou com a presença do mestre em perícias forenses, Edson Jorge Pacheco, que explicou a diferença existente entre perícia criminal e judicial ambiental e destacou, ainda, que nossa região é muito rica em minerais e que, por isso, há muitos processos irregulares de exploração.
Segundo a organizadora e pesquisadora, Clecia Pacheco, o principal objetivo é debater sobre a questão ambiental, principalmente, em âmbito regional. “O evento tem essa proposta de abordar temas importantes ligados ao meio-ambiente, como: patologias, perícias, impactos positivos e negativos no ambiente semi-árido, realizado através de oficinas e minicursos voltados para construção de metodologias e práticas ligadas à nossa realidade.”, disse.
Na palestra “Bioprodutos obtidos da Flora Nativa e o Desenvolvimento Científico Regional”, o professor da UNIVASF, Jackson Guedes, discorreu sobre as potencialidades da nossa biodiversidades.“Há uma grande diversidade de plantas nativas do semi-árido, como Xique-Xique, Macumbira, Juazeiro, entre outras, que podem ter seus óleos essenciais extraídos. Além disso, muitas possuem princípios ativos utilizados na medicina popular e que mantém cooperativas ativas através da comercialização de produtos obtidos através delas”, explicou.
Para Bruno Emanuel, estudante de Agronomia, o workshop demonstra que é possível produzir de forma sustentável. “Com caráter multidisciplinar e interdisciplinar, o evento nos lembra que cuidar do meio ambiente é um dever de todos e de todas as profissões, e, como universitário, a gente tem que produzir sem agressão ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais e, consequentemente, gerando menos perca da nossa biodiversidade, principalmente, da caatinga, que é um bioma tipicamente brasileiro.”, relatou.