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Última Atualização: 26 Setembro 2022
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Criado: 23 Setembro 2022
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Rede Federal celebra 113 anos de existência em meio a cortes no orçamento e reconhecimento internacional
Nesta sexta-feira, 23 de setembro, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica completa 113 anos de uma história iniciada com a criação das primeiras Escolas de Aprendizes Artífices, pelo então presidente da República, Nilo Peçanha, em 1909. Uma história que já ultrapassa um século com várias nomenclaturas, institucionalidades, marcos legais e objetivos pedagógicos, mas que mantém o foco na formação qualificada para o trabalho, na inclusão social, no desenvolvimento humano e na intervenção na sociedade.
No decorrer dos anos, a centenária Rede foi modernizada e está presente em todo o território brasileiro, principalmente em seu interior. Atualmente são 661 campi em 578 municípios do País. Mais de um milhão e meio de estudantes frequentam um dos quase 12 mil cursos ofertados desde o nível básico até a pós-graduação. Para isso, a estrutura nacional conta com mais de 80 mil servidores. A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é formada por 38 Institutos Federais; dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets); 22 Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais; e pelo Colégio Pedro II.
As instituições são referências nacional e mundial em suas áreas de atuação, com desempenho comprovado pelos resultados dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). “Nossas instituições contam com uma boa infraestrutura de salas de aula e laboratórios, além de um corpo técnico muito qualificado. Nossos docentes conseguem trabalhar os conteúdos de Ensino, Pesquisa e Extensão de maneira indissociada, o que confere a Rede Federal uma qualidade exemplar”, analisa o reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Odacir Antônio Zanatta.
Meliponicultura, Campus Ouricuri do IFSertãoPE. Foto: Lídio Parente
Além do ensino verticalizado, outro diferencial é o alinhamento dos projetos de ensino, pesquisa e extensão aos arranjos produtivos locais e às demandas do mundo do trabalho, potencializando o desenvolvimento regional e gerando empregabilidade dos egressos, além de promover a inclusão. “A influência que os Institutos Federais tem no desenvolvimento local é extremamente importante. Cada vez mais precisamos de projetos de iniciação científica fortes para que eles se integrem às comunidades e consigam atingir as populações mais carentes para gerar renda. Vale ressaltar que a interiorização é uma de nossas principais premissas,” pondera a reitora do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS), Elaine Borges Cassiano.
No entanto, toda essa estrutura poderá perecer, dadas às constantes quedas orçamentárias, cortes e desinvestimento. Para o orçamento de 2023 dos Institutos Federais, o Ministério da Educação (MEC) prevê R$ 300 milhões a menos na comparação ao recurso disponibilizado em 2022. “Estamos falando disso há algum tempo. Todo esse cenário é desalentador. Temos que ter garantias de uma reposição desse orçamento para não inviabilizar uma série de ações que dizem respeito ao ensino, a pesquisa, a extensão e ao funcionamento das instituições. A Rede Federal promove o desenvolvimento e dá uma maior empregabilidade aos nossos jovens, mas para isso é preciso ter sustentabilidade e garantias de um orçamento”, afirma o presidente do Conif, Claudio Alex Jorge da Rocha.
A verba que poderá ser cortada é destinada ao pagamento de despesas de custeio, que incluem gastos como água, luz, limpeza e bolsas dos alunos. O valor ainda é uma previsão, já que o Congresso precisa votar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que foi enviado pelo Governo Federal em agosto. Apesar das dificuldades orçamentárias, a Rede Federal segue exercendo seu papel primordial de ofertar para os brasileiros uma educação pública, gratuita e de excelência, qualidade essa comprovada ao se observar o desempenho de dezenas de estudantes e egressos que estudaram em uma das instituições da Rede Federal.
Acesse o Instagram do Conif (@conif.oficial) e conheça alguns casos de sucesso que mostram a necessária importância do investimento na Educação Profissional, Científica e Tecnológica, como uma política de Estado robusta e eficaz. A página compartilha histórias de estudantes, egressos(as) e servidores(as), que tiveram suas vidas mudadas pelas instituições que compõem o Conselho.
Conif – Criado em 24 de março de 2009, o Conselho reúne os dirigentes máximos dos 38 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II e tem dentre os objetivos a valorização, o fortalecimento e a consolidação da Rede Federal, que contabilizam mais de 600 unidades em todo o País. O Conif atua no debate e na defesa da educação pública, gratuita e de excelência.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Conif
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