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Estudo realizado por pesquisadores do campus Floresta desenvolve nova metodologia para detecção do vírus da dengue

Uma nova metodologia desenvolvida por pesquisadores do campus Floresta poderá auxiliar na detecção do vírus da dengue em mosquitos Aedes aegypti. Este é um dos resultados obtidos pela equipe do projeto de pesquisa "Utilização de espectros na região do infravermelho em conjunto com algoritmos computacionais na classificação entre mosquitos Aedes aegypti infectados com dengue x não infectados", coordenado pelo professor Marfran Santos e com a colaboração do bolsista de iniciação científica Jorge Lucas Viana, estudante de Licenciatura em Química do campus Floresta.

Durante a pesquisa, foram infectados 32 mosquitos com 20 uL de inóculo viral, de um total de 98 espectros (66 mosquitos não infectados e 32 mosquitos infectados). 

Realizado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o resultado do estudo deu origem ao artigo intitulado "Infrared spectroscopy (NIRS and ATR-FTIR) together with multivariate classification for non-destructive differentiation between female mosquitoes of Aedes aegypti recently infected with dengue vs. uninfected females", publicado em agosto deste ano no periódico internacional Acta Tropica, da editora Elsevier. Segundo o coordenador do projeto, os resultados alcançados poderão, no futuro, contribuir para o melhoramento da vigilância entomológica de mosquitos Aedes aegypti, auxiliando no controle destes vetores e, consequentemente, na previsão de surtos da dengue e outras doenças, como a zika e a chikungunya.

Metodologia

Segundo os pesquisadores, foi utilizada a espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) e no infravermelho médio (MIR) para obtenção de espectros de mosquitos Aedes aegypti fêmeas infectadas e não infectadas com dengue, junto a técnicas computacionais para desenvolver quatro modelos capazes de diferenciar os espectros gerados pelas duas classes. Ao final dos testes, obteve-se um modelo capaz de acertar a classificação de todas as amostras, com um grau 100% de sensibilidade e especificidade.

Através do software MatLab, os pesquisadores realizaram o pré-processamento dos espectros e aplicaram técnicas computacionais para o reconhecimento de padrões [Análise Discriminante Linear (LDA), Algoritmo de Projeção Sucessiva (SPA) e Algoritmo Genético (GA)].

"Com os resultados obtidos neste estudo, espera-se que, no futuro, possam ser desenvolvidas armadilhas equipadas com instrumentos de infravermelho para a realização da detecção mais rápida de mosquitos infectados, possibilitando o direcionamento de ações de controle de vetor para regiões com maior probabilidade de surtos", avalia o professor Marfran Santos.

Para mais detalhes sobre a pesquisa e os resultados obtidos, leia o artigo completo publicado no periódico Acta Tropica, disponível aqui.

 

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