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Última Atualização: 09 Março 2018
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Criado: 09 Março 2018
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IF Sertão-PE e Comissão de Professores indígenas se reuniram para debater demandas de ensino
Na última quarta-feira (7) representantes da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (COPIPE) dos povos Pankará, Pankararu, Xukuru, Atikum, Kambiwá e Truká, estiveram presentes no campus Floresta do IF Sertão-PE para participar de uma reunião com gestores da instituição.
Professores indígenas apresentaram demandas de ensino aos gestores do IF Sertão-PE
O objetivo do encontro foi debater oportunidades e ideias a respeito de ações voltadas para o ensino indígena, e a possibilidade de oferta de cursos no IF Sertão-PE que compreendam as demandas apresentadas pelos povos indígena. Estiveram presentes Leopoldina Veras, Reitora do IF Sertão-PE; Vera Filha, Diretora Geral do campus Floresta; Socorro, representante da Pró-Reitoria de Ensino; Clesio Jonas, coordenador geral E-Tec; Willma Campos, Chefe do Departamento de Ensino do campus Floresta; a professora do campus Petrolina Edivânia Granja, a coordenadora de Pesquisa do campus Floresta, Maria Aparecida Sá; e o professor do campus Floresta João Luiz.
Após a abertura do encontro, com as devidas apresentações pessoais, a Reitora do IF Sertão-PE iniciou o momento apresentando propostas da reitoria do IF Sertão-PE, como a criação de um Núcleo de Estudos de Saberes Indígenas no campus Floresta do IF Sertão-PE, com a possibilidade de reativação do Centro de Referência de Petrolândia. De acordo com a gestora Pernambuco é um dos 3 estados brasileiros que ainda não possuem um núcleo de estudo voltado aos povos indígenas, e a busca pela instalação do futuro núcleo já foi iniciada junto ao Ministério da Educação, com a proposta de um curso de educação à distância, semi-presencial.
No campus Floresta do IF Sertão-PE uma experiência exitosa foi a realização da especialização em Educação Intercultural no Pensamento Decolonial, para a membro da COPIPE, Pretinha Truká, é importante dar continuidade a esse processo e ao mesmo tempo pensar em novas possibilidades “ a especialização foi uma experiência muito bacana e contribuiu muito com a experiência pedagógica do professor. A forma como o Instituto trabalhou com a gente foi muito proveitosa, trouxe conhecimento científico e uma formação política. Precisamos pensar agora em algo para os alunos que estão se formando no ensino médio, e cursos voltados para a terra pois, dentro dos povos indígenas, há muitas lacunas, muitas deficiências ainda nesse campo”, afirmou ela.
Após este momento a proposta da reitoria foi debatida e os representantes da COPIPE realizaram contribuições, além disse expuseram outras demandas, como a realização de cursos voltados para o resgate da medicina tradicional, a necessidade de melhoria das conexões de internet nas aldeias para a realização de cursos EAD. O professor Clésio apresentou os cursos EAD do IF Sertão-PE que já estão prontos e podem ser oferecidos às comunidades, como os de Manutenção e Suporte em Informáticas, Agente Comunitário de Saúde, Segurança no Trabalho, Logística, e Serviços Públicos. Apresentou também a possibilidade de criação de novos cursos mediante as demandas da COPIPE.
Reunião traçou novos objetivos a serem alcançados na parceria entre COPIPE e IF Sertão-PE
Para finalizar a reunião a Coordenadora de Pesquisa e Pós Graduação do campus Floresta, Maria Aparecida e o professor João Luiz apresentaram a proposta do campus de lançar a segunda turma da Pós-Graduação, com 50 vagas, e publicação do edital prevista para abril com início do curso em julho.
Ao fim da reunião alguns prazos ficaram definidos para posicionamento do IF Sertão-PE e da COPIPE sobre as sugestões apreciadas na reunião. De acordo com a reitora Leopoldina Veras “Em razão da especialização voltada aos indígenas e quilombolas que aconteceu aqui no campus Floresta, temos recebido várias demandas de planejamento, e esse diálogo dos povos indígenas junto ao campus é importante para elencar propostas e planejar como atender, levando em conta a nossa capacidade como instituição e os anseios das populações indígenas”.