-
Última Atualização: 14 Junho 2019
-
Criado: 13 Junho 2019
-
Acessos: 1845
Alunos da especialização em Educação Intercultural realizam plantio de árvore símbolo da cultura quilombola
No dia 07 de junho os alunos da turma de Especialização em Educação Intercultural: Indígenas e quilombolas, acompanhados de servidores do IF Sertão-PE campus Floresta, vivenciaram um momento de grande significado cultural, o plantio de uma árvore de Baobá. Para os povos quilombolas o Baobá traduz-se como símbolo fundamental das culturas africanas tradicionais, e está presente em diversas histórias e crenças.
Alunos da Especialização em Educação Intercultural acompanhados da Diretora do campus Floresta para o plantio do Baobá
A árvore Baobá desenvolve-se até alcançar um grande porte e é considerada como árvore que tem o tronco com maior diâmetro no mundo, algumas espécies no mundo são tão grande que precisam de até 100 pessoas para abraçar um tronco. O Baobá pode viver até 6 mil anos e sua semente pode demorar até 10 anos para germinar, e assim representam em diversas culturas toda a sabedoria e história de um povo.
De acordo com o professor de língua portuguesa do campus Floresta, José Aldo Ribeiro, pesquisador de literaturas africanas de língua portuguesa, a árvore Baobá é conhecida por diferentes nomes em diferentes países do continente africano, sendo a plantação desta no campus Floresta uma excelente iniciativa, “o baobá, também conhecido como embondeiro ou imbondeiro na Angola e Moçambique, e como Micondó, em São Tomé e Príncipe, é uma árvore com significado muito especial”, afirmou Ribeiro.
Uma das lendas do Baobá ligam a árvore diretamente ao período escravocrata no Brasil, e conta que os escravizados africanos eram obrigados a, antes de deixar sua terra de origem, dar dez voltas ao redor de um Baobá, com o significado de depositarem nele tudo o que não poderiam trazer para o cativeiro no Brasil, como suas identidades, crenças, território, tradições e essência.
Agora o campus Floresta conta com dois símbolos da presença indígena e quilombola na instituição
No campus Floresta, além dos alunos da especialização, uma parte significativa do corpo discente é composto de indígenas e quilombolas, assim, para o professor João Luis da Silva, “o Baobá Africano é o símbolo dos quilombolas no Brasil, e agora em nosso campus temos um totem com as etnias indígenas, e o Baobá, símbolo dos quilombolas”, comentou o docente.
Os visitantes do campus Floresta podem apreciar a árvore Baobá nas proximidades da quadra poliesportiva, e saber os nomes dos povos indígenas de Pernambuco no totem localizado na entrada do prédio do campus.