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Última Atualização: 26 Novembro 2019
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Criado: 26 Novembro 2019
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Novembro da Diversidade debate respeito à história dos povos e comunidades tradicionais
Apresentar a diversidade através da arte, da vivência, dos estudos e provocar a comunidade acadêmica a conhecer a história dos povos e comunidades tradicionais e sua importância na formação da população brasileira. Este foi o objetivo do Novembro da Diversidade, realizado nesta segunda-feira (25), no campus Petrolina Zona Rural do IF Sertão-PE.
O trabalho fotográfico de Inês Guimarães, Isadora Bacelar e Tatiana Neres mostrou a diversidade no campus Petrolina Zona Rural
O evento teve início com a exposição fotográfica “Eu sou a diversidade”. O desfile temático apresentou ao público muito mais que emoção: expôs feridas causadas pelo preconceito, instigou a pensar sobre respeito, sobre como ainda é necessário debater a diversidade. As estudantes Lívia Caroline e Camila Ferraz relataram experiências próprias e ressaltaram a importância de se reconhecer como negra e como indígena. “Hoje não tenho vergonha de mim. Só quero viver como eu sou: uma negra que merece respeito”, disse Lívia.
Lívia Caroline falou sobre preconceito e resistência
Representações de personalidades do movimento negro e indígena, como Nelson Mandela e Sonia Guajajara, desfilaram pela plateia, contando um pouco de sua história e atuação na sociedade. Através de poesias, como “Respeito à diversidade”, de Bráulio Bessa, declamada pelas alunas Ana Carolina Vasconcelos e Alinne Bomfim, falou-se de luta, resistência, preconceito e, acima de tudo, respeito.
Personalidades como Nelson Mandela foram representadas pelos estudantes
“Eu avalio o evento de forma bastante positiva. A nossa ideia era sensibilizar a comunidade acadêmica para que junto possamos desconstruir os esteriótipos, os preconceitos”, disse uma das organizadoras do evento, a servidora Elka Janaína. Segundo ela, a iniciativa do Novembro da Diversidade partiu dos próprios alunos, que fizeram parte desde a concepção até a realização do evento. “Achei isso muito bacana. A gente precisa promover mais ações dentro da nossa instituição que traga a história dos povos e das comunidades tradicionais para ocupar esses espaços, para construir um ambiente de igualdade e de respeito”.
Poesia e arte para combater o preconceito
A roda de conversa entre os professores Nilton Almeida, Eliana Monteiro e Edivânia Granja fechou a programação com uma abordagem da diversidade do ponto de vista acadêmico, trazendo discussões como a história dos povos negros, os povos indígenas e narrativas decoloniais e o uso de recursos naturais da caatinga pelos indígenas.
Roda de conversa abordou identidade e diversidade dos povos e comunidades tradicionais do Semiárido
“É muito importante a gente compartilhar as pesquisas, as atividades, os conhecimentos, em particular no que diz respeito aos povos negros e aos povos indígenas. Foi um momento bastante rico, dentro de um cenário bastante difícil que a gente está vivendo em nosso país, de retrocesso, de ataque a direitos, a garantias básicas. A partir do conhecimento a gente pode elaborar redes de um novo tipo, onde a realmente tenha diversidade”, afirmou o professor Nilton Almeida.
O evento foi o primeiro realizado pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), com o apoio do Núcleo de Ações Pedagógicas. “Nossa intenção é engajar o máximo da comunidade, seja alunos ou servidores”, disse Elka Janaína.