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Palestra sobre Combate ao Abuso e Exploração contra Crianças e Adolescentes desperta conscientização na comunidade estudantil

A palestra sobre o Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes ocorrida na tarde desta quinta-feira, dia 18, na sede de ensino do Campus Santa Maria do IF Sertão-PE reuniu cerca de 50 pessoas participantes do evento. Dentre elas, estudantes, servidores e integrantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).


Palestra de conscientização reúne alunos 

O encontro teve início com a assistente social Fabíola Aquino que apresentou um breve histórico sobre a criação do dia 18 de maio e destacou casos sobre vítimas, bem como apresentou fatos e ações que são consideradas abuso sexual. Alertou os presentes sobre as consequências que a violência sexual pode causar às vítimas. “As consequências são muito graves. Seguem por toda a vida. Ninguém pode violar o corpo de vocês”, salientou Fabíola.

A psicóloga Sara Carvalho abordou sobre possíveis comportamentos de crianças e adolescentes  vítimas de abuso e a importância da denúncia desses casos, para que os procedimentos necessários possam ser adotados e a vítima seja acompanhada por um profissional para superação do fato. “Há medidas protetivas para quem sofre a violência. O abusador responde preso e a vítima deverá passar por um acompanhamento psicossocial para superar o trauma e ser inserida na sociedade”, disse Sara.


Psicóloga Sara Carvalho e assistente social Fabíola Aquino aborda assunto relevante

Num ambiente de diálogo e interação, a estudante Daiane Coelho apresentou no debate a preocupação sobre casos de abuso sexual iniciado em ambientes virtuais. Destacou ter um filho de cinco que faz uso das redes sociais somente com o acompanhamento dela. “Faço vistoria nas redes virtuais que meu filho usa, para observar e controlar tudo o que a criança faz e as conversas também”, afirmou a aluna.

De acordo com as informações apresentadas, Santa Maria da Boa Vista têm poucas denúncias, o que não significa não haver casos de violência sexual. “Temos muitos casos no município que não são denunciados, sendo assim, não há registro, nem acompanhamento. Na maioria desses fatos, o violador está dentro de casa, o que dificulta a vítima à motivação para denunciar. As palestras são promovidas para conscientizar a população e sensibilizar as pessoas sobre o abuso e exploração sexual”, comentou a assistente social. 


Após palestra estudantes apresentam o que apreendeu do encontro

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual foi criado em 2000, pela Lei Federal 9.970/00. O dia 18 de maio foi escolhido para lembrar um crime que chocou o país e ficou conhecido como o "Crime Araceli", ocorrido em 1973, em Vitória (ES). Nesse dia, Araceli Cabrera Sanches, uma menina de oito anos foi sequestrada e assassinada depois de sofrer violência sexual por homens.

 

Texto: Kátia Sandes
Fotos: Nícolas Silva

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