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Pedagoga dá dicas aos estudantes que estão decidindo o futuro profissional

Com as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se aproximando, é hora de começar a pensar no futuro profissional. A escolha da carreira é uma das decisões mais importantes da vida do estudante, por isso, precisa ser feita com muito cuidado e responsabilidade. Para a pedagoga do câmpus Salgueiro do IF Sertão-PE, Maria das Dores Souza, nesta fase, o estudante precisa tentar conhecer a si mesmo, identificar suas habilidades, e evitar influências ou pressões que atrapalhem essa reflexão. “A decisão é pessoal. É saudável buscar relatos com profissionais, observar experiências na família, mas a escolha final só o aluno poderá fazer”, aconselha.

Autoconhecimento

Para Maria das Dores, o primeiro passo é perceber as atividades profissionais com as quais o sujeito mais se identifica. O costume de relacionar disciplinas da grade escolar a determinadas carreiras, segundo a pedagoga, pode levar a uma decisão frustrada. “Não existe nada científico que comprove, por exemplo, que o aluno com boas notas em Biologia ou Português vá se tornar bom médico ou professor. Na hora de pensar no futuro, é preciso olhar para a atividade profissional, como será o dia a dia do sujeito em determinadas carreiras, e se ele se identifica com esta perspectiva. Para isto, é interessante conversar com pessoas que já atuam na área, participar de feiras de profissões organizadas pelas faculdades, ler sobre diferentes profissões, visitar empresas, enfim, buscar conhecer ao máximo a carreira que pretende seguir”, afirma.

Mercado de Trabalho

A oferta de oportunidades de emprego em cada área também é outro ponto que merece atenção. “Pesquisar sobre a viabilidade da profissão, na cidade ou região onde o aluno vive, vai permitir que ele visualize as chances de conseguir se firmar no mercado de trabalho, após a faculdade. Todo lugar possui uma demanda maior por determinados profissionais, então, é preciso identificar quais são e avaliar, dentro das possibilidades encontradas, qual se enquadra melhor no perfil do aluno”, orienta a pedagoga. 

Pressão familiar

Neste momento tão delicado, Maria Das Dores lembra que a família deve ser compreensiva e apoiar o estudante. “É preciso ter muito diálogo e orientação, mas com leveza, pois a pressão só torna a situação mais difícil. Pressionado, o aluno acaba tomando uma decisão com base nos desejos de outras pessoas, e pode se frustrar com a carreira, futuramente”, afirma. 

Nestes casos, ou mesmo quando a decisão pessoal e consciente acaba não correspondendo às expectativas, a pedagoga tranquiliza: “não é o fim do mundo. É comum que, em algum momento, durante a graduação, o estudante se questione se realmente deseja seguir naquela área e repense os motivos que o levaram a escolhê-la. Na maioria das vezes, essa dúvida passa e o graduando acaba realizado após ter contato mais direto com a profissão. Mas, se realmente ele perceber que não se identifica com o curso, é possível mudar, não precisa ter vergonha ou medo. O importante é não desperdiçar a oportunidade e descobrir aquilo que lhe realiza”, avalia.

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